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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Entrevista com o secretario de esportes e turismo Leandro Larini

. Qual foi a principal dificuldade que você encontrou quando assumiu a pasta aqui no município?

  Nós chegamos aqui e pegamos um orçamento defasado, que contava com menos de 1% do total. Dentro desse orçamento, 60% eram voltados aos encargos trabalhistas aqui da secretária. Com o advento dos jogos regionais nós conseguimos, através do empenho do estado, do governo federal e da prefeitura, aumentar essa verba no ano de 2009. Reformamos o ginásio, o estádio municipal, a quadra de malha, a quadra de bocha e concomitantemente montamos equipes para disputar os Jogos Regionais no ano passado, dando início a um trabalho para os próximos anos. Conseguimos levar times para as competições, coisa que antes não acontecia.


. Quais as alterações na movimentação de verba da secretaria?

  Em 2009 nós conseguimos aumentar a verba junto à Câmara e a Prefeitura por causa dos jogos regionais. Haviam sido reservados pela gestão anterior trinta mil reais para a realização dos Jogos Regionais, o que é uma piada. Uma piada de mau gosto. Nós conseguimos uma verba de tamanho municipal para os Jogos, mais um apoio do Governo do Estado com duzentos e vinte mil reais. Nosso orçamento em 2009 era de 1,2 Mi. Hoje ele é 3,3 Mi.
Por isso que cada vez mais nós temos conseguido apoiar os atletas, contratar mais professores e melhorar a estrutura.


. Não só o orçamento, mas o apoio que a prefeitura dava, também ficou defasado. A cidade cresceu muito nos últimos 10 anos. A antiga administração não acompanhou esse desenvolvimento?

  A gestão anterior começou um bom trabalho. Deixaram um plano interessante para a área esportiva. É verdade que era mais no papel do que na ação, mas tinham um projeto interessante. Eu dei continuidade, com o apoio da prefeitura. Quando eu cheguei aqui a secretaria tinha cinco funcionários. Hoje, após um ano e meio, somos trinta e oito. Aquele projeto da gestão anterior foi ampliado, melhorado e revisado. Agora temos um projeto voltado para o lado social, onde atendemos crianças, jovens, adultos e idosos.


. Quais as principais mudanças que foram e estão sendo desenvolvidas?

  Criamos o vôlei adaptado, aulas de ginástica e aulas de ioga para a 3ª idade.
O trabalho de base também está sendo feito, a partir dos cinco anos de idade. Temos mais professores, mais funcionários, mais aparelhos esportivos em condições, mais material esportivo. Isso tudo para fazer chegar o apoio aos nossos jovens aqui.


. Qual o caminho que um atleta tem para percorrer em Arujá?

  Temos um time infantil de vôlei, um time infantil de basquete e um time infantil de futsal. Daí em diante, a secretária tenta apoiar, apresentando para algumas equipes profissionais. O nosso apoio só consegue ir até ai, até os 17 anos. Nós não conseguimos montar ainda um programa que dê o próximo passo para profissionalizá-los.


. No passado havia atletas amadores e jovens no ensino fundamental que não conseguiam um apoio mínimo da prefeitura para poder seguir com suas modalidades. Faltava transporte, uma equipe na cidade para jogar por uma federação, coisa que qualquer escola em outra cidade tem. O que acontecia? Qual a dificuldade que fazia faltar isso ao atleta?

  Essa resposta eu vou ficar devendo. Eu não acompanhava nenhuma das gestões anteriores. Eu posso falar que daqui para frente não se pode ter medo. O secretário que quer o bem para a cidade, para a população, não pode ter medo. Tudo aqui se resolve. De um jeito ou de outro a gente resolve.
Respeitando a hierarquia, respeitando o dinheiro publico, nós temos buscado apoiar todas as modalidades.


. Qual foi a principal carência que você encontrou quando assumiu e o que está fazendo para a cidade melhorar?

  Não tinha apoio nenhum. Não tínhamos nenhum time competindo em liga ou federação nenhuma. Não tínhamos sinais de apoio como transporte ou coisa que valha para nenhuma modalidade. E o pouco que nós fizemos já foi diferente. Apoio logístico parece que não existia. Isso ai você pode ter certeza que nós estamos apoiando. Isso eu te afirmo que mudou. A gente paga inscrição, a gente arruma transporte, arruma lanchinho para quem vai competir, e isso antes inexistia no meu conhecimento. Nós ainda precisamos de mais aparelhos esportivos. Isso ainda carece aqui na secretaria.


. Quais os futuros objetivos da secretaria?

  O meu grande desejo enquanto secretário é criar um fundo de investimento para o esporte amador. Eu já tenho tudo isso no papel, mas não é fácil. Uma verba específica que poderia ser aplicada, com um percentual abatido dos impostos das empresas privadas, destinado ao esporte. Eu me baseio bastante em São José dos Campos. Lá eles têm um projeto do fundo de apoio ao esporte, que gera uma arrecadação própria, constituído por lei municipal, no qual um percentual do ISS ou do IPTU retorna sempre para o esporte.


. Qual a grande barreira?

  Precisamos apoio da Câmara Municipal e do Prefeito, e expor esse projeto para as pessoas entenderem o quanto fundamental é o esporte na formação do jovem da família e da saúde.


. Para você, qual a importância do esporte?

  É fundamental por que você tira o jovem da rua, oferece atividade e lazer. Eu acho que não só para o jovem, mas para todas as idades, é importante a atividade esportiva.


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