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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Francisco Assis Nogueira e Nonato Alves Evangelista

            Nesta edição vamos saber um pouco da história de duas pessoas que  trabalharam como garçons em quase todos os restaurantes de Arujá: o Francisco Assis Nogueira, mais conhecido como “Sombra”, e o Nonato Alves Evangelista.

            Ambos vieram do Ceará, da cidade de Iguatu mas fizeram amizade aqui em Arujá. O Nonato veio em 1975, com 12 anos de idade, deixando os pais para trabalhar com seu tio, o Sr. Valdeni Alves Batista, que tinha um bar, onde hoje é o Empório, na Estrada de Santa Isabel, em frente à Padaria Arujazinho. Em 1981 o Sr. Valdeni montou um restaurante, exatamente onde hoje está localizado o D’Japa. 

              O Sr. Silvano Fantoni, um dos pioneiros dos condomínios, de volta de uma viagem à Itália, sugeriu ao Sr. Valdeni que desse ao restaurante o nome de TARANTELLA e também forneceu a receita de uma pizza que caiu no gosto dos clientes: a Triformaggi. Em 1986 transferiu o TARANTELLA para o terreno onde hoje está o Boulevard Villa Florida e passou o antigo para o Sr. Alfredo Santo Pietro, que montou o ERICO’S BAR. Logo em seguida o Sr. Valdeni transferiu o Tarantella para o Sr. Joaquim e montou o Tarantella II, logo mais à frente, onde está a mecânica Arujá Auto Center, na Estrada de Santa Isabel. 

             O Sr. Joaquim passou o TARANTELLA para os irmãos Nelson, Celso e Valter Gonçalves e o Sr. Valdeni, como não teve sucesso no outro restaurante, resolveu comprar em 1995 o LA GÔNDOLA, que ficava na esquina da Estrada de Santa Isabel em frente à Farmais. O LA GÔNDOLA foi fundado pelo Sr. Pedro Scauri em 1980, passou pelo casal Darwin e Roseli e depois para o Sr. Valdeni. Em toda essa trajetória, o Nonato sempre acompanhou o tio como garçon. Foram 17 anos de trabalho até que se estabeleceu por conta própria e hoje tem um bar na Estrada de Santa Isabel onde serve refeições e os amigos se reúnem. Casado é pai de três filhos.

            O Sombra veio tentar a vida em São Paulo e chegou em 1973. Logo em seguida foi para Santos e retornou para São Paulo para trabalhar numa cantina na Rua Xavier de Toledo, bem no Centro. Em 1978, já morando no Itaim Paulista, surgiu uma vaga para trabalhar no Restaurante Costelão que havia sido inaugurado em 1976 pelo Geraldo e Raimundo Souza onde antes era a borracharia deles.

            O restaurante onde ficou mais tempo foi o Flor da Serra, do Sr. Ivo Ferrari, onde ficou de 1978 a 1984. Depois da venda do restaurante este mudou o nome para Chaleira Preta.

            O Sr. Geraldo vendeu o Costelão e comprou uma padaria, a Kikaju, na Av. Antonio Afonso de Lima, bem em frente onde o Sombra morava. Montou um pequeno restaurante na Av. Amazonas, o Rei da Costela. Logo em seguida transferiu o restaurante para o novo local, na mesma avenida, que comportava 400 lugares. O Sombra trabalhou lá também, assim como no Piattone, na Avenida dos Expedicionários. Lembra com saudade do Sr. Damasceno com seu acordeon e o Marcos Vaz, o Minduim, com a sua bateria alegrando o ambiente.

            Tentou uma lanchonete na Rodoviária de Arujá, mas não teve sucesso. Foi para São Paulo trabalhar numa pizzaria, no restaurante da Associação Comercial de São Paulo, foi feirante e chaveiro no Itaim. Em 2001 deixou de ser garçom e foi empregado pela empresa Dobom Papéis, na Estrada de Santa Isabel e hoje está no mesmo local como porteiro de um empreendimento que fica ao lado do Condomínio Arujá 5.

            Pai de um casal de filhos, lembra com saudade dos amigos garçons que fez e manda um abraço a todos: Castelo, Maurício, Vanei, Zé Garçom, Adalberto, Sr. Rodrigo, Ivo Pasqualoto, Darci. Gosta muito de Arujá e aqui fez o seu lar.

            P.S.: O apelido “Sombra” é bem óbvio, é uma brincadeira dos amigos e vem de sobrancelha. Basta olhar a foto,  não preciso explicar. (AFS)

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