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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Metais preciosos - ourivesaria

Os metais considerados preciosos são: ouro, prata, platina e paládio (que entra na composição do ouro branco).

A cor amarela do ouro sempre foi atraente ao gênero humano e o ouro foi usado em todas as partes do mundo desde 3.000 AC. O ouro e o cobre são os únicos metais que exibem cor. Devido  a esta propriedade, as ligas de ouro podem assumir uma gama de cores.

O ponto de fusão do estanho é de 232º C, enquanto o da prata é de 961º C, o do ouro é de 1070º C e da platina é de 1750º C.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as jóias não são feitas de metais preciosos em seu estado puro, pois os metais nesse estado são muito pouco trabalháveis.

Se uma aliança de casamento, por exemplo, fosse feita em ouro puro, sua resistência à deformação seria tão pequena que as atividades habituais do dia a dia seriam suficientes para a danificarem constantemente.

Sendo assim, sempre houve a necessidade de se adicionar outros metais aos metais preciosos de forma a se obter uma liga adequada ao tipo de trabalho a ser produzido.

Em 862 AC eram usadas moedas feitas de uma liga ouro-prateada verde conhecida como “electrum” e composta de 73 % de ouro e 27 % de prata. Uma liga de ouro vermelha, com combinação de 70 % de cobre e 30 % de ouro, era usada durante o tempo do Império de Chimu (1300 DC) por ourives onde é hoje o Peru do Norte.

A quantidade de metal precioso existente na liga é traduzida através da indicação do toque da mesma, significando isto que quanto mais elevado é o toque duma peça maior é o conteúdo de metal precioso existente por unidade de massa dessa peça.

Toque é a percentagem de metal puro numa liga em que ele é fundamental.

O termo título é também utilizado muitas vezes em lugar de toque.

Inicialmente deve ser esclarecido o fato, não obstante a homonímia, que o quilate do ouro não possui nenhuma relação com o quilate de pedras preciosas. O quilate do ouro representa uma relação de ouro em liga com outros metais.

O toque é habitualmente designado em milésimos ou em quilates, embora os milésimos sejam cada vez mais utilizadas, pois são de muito mais fácil leitura para o consumidor.

Para saber qual a percentagem de ouro que está contida em uma determinada liga, os americanos convencionaram determiná-la através da quilatagem do metal (karat), simbolizada pela letra K.

Desta maneira, convencionou-se que o ouro 24 K, considerado 100 % puro, equivale a 999 pontos de ouro (escala europeia).

O ouro puro tem 24 K, e 75 % de 24 é igual a 18.  Assim, uma jóia que possui 75 % de ouro puro é uma jóia de 18 K (750/1000). Os outros 25 % da jóia corresponde ao metal ou metais que farão parte da liga. E a cor da jóia é definida pela seleção da composição destes 25 %.

Quando se diz, por exemplo, que um objecto tem um toque de 750 milésimos, isso quer dizer que em 1000 unidades de massa da liga com a qual foi confeccionada a peça de metal precioso, existem 750 unidades de metal precioso puro.

Eis algumas equivalências entre milésimos e quilates:

333 milésimos equivalem a 8 K;
375 milésimos equivalem a 9 K;
585 milésimos equivalem a 14 K (muito utilizado nos EUA);
750 milésimos equivalem a 18 K (utilizado no Brasil);
800 milésimos equivalem a 19,2 K (liga utilizada em Portugal);
1000 milésimos equivalem a 24 K (ouro puro, denominado “ouro mil” ou “ouro fino”).

            É impossível detectar a olho nu qual o toque de uma determinada peça, isso significa que uma jóia de 333 milésimos, por exemplo, pode ser exatamente igual, no que diz respeito ao seu aspecto, a uma jóia 750 milésimos. Para isto existe o “ácido de toque”, à base de ácido nítrico, que usado com conhecimento pode fornecer exatamente o teor do ouro: se é ouro 750 milésimos ou “ouro baixo”, ou seja, inferior a esta percentagem.

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