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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Rua Jose Menino Ribeiro e Rua Firmina Maiolino Ribeiro

José Menino Ribeiro (25/12/1908 – 29/12/1994)
Firmina Maiolino Ribeiro (30/07/1908 – 25/08/1989)


José Menino Ribeiro e Firmina Maiolino Ribeiro
  A Rua José Menino Ribeiro (Decreto 1251 de 1986) fica num bairro chamado Mato Grosso, próximo ao Jardim Renata. Já a Rua Firmina Maiolino Ribeiro (Decreto 1739 de 1990) fica na Vila Pilar, bem em frente, em cuja rua fica a Igreja Presbiteriana.

  José Menino Ribeiro nasceu no Bairro do Limoeiro. Foi sapateiro, barbeiro e pedreiro entre outras atividades que exerceu na vida. Muito religioso, dava aulas de catequese e ajudou a construir uma parte da Igreja Matriz nos anos 70 do século passado. Dizem os antigos que uma imagem de Jesus foi encontrada no oco de uma árvore no local onde hoje está a Igreja Matriz. Esta imagem ia para as fazendas da região e inexplicavelmente reaparecia no mesmo local tempos depois.  O local era um antigo cemitério indígena de onde foram retirados os ossos e as árvores para a construção de uma capela de pau a pique e tempos depois uma Igreja.
Rua Jose Menino Ribeiro
  Chegou a ser presidente da Associação São Vicente de Paula e ajudou a fundar o grupo de Moçambique de Arujá. Ajudou também a construir a capela do Bairro do Limoeiro (Santa Cruz) juntamente com o David Rodrigues de Ávila, Benedito Ribeiro, pai, e Benedito Ribeiro Filho. Na juventude eram seus companheiros o Carmelino de Jesus, o Aparecido Rodrigues Norte, João Raimundo, João do Morro, Nito do Morro, Benedito Palmiro.
           
  Casou-se em 24 de Dezembro de 1931 no Bairro do Limoeiro com Firmina Maiolino Ribeiro, que vivia na área onde hoje é a Vila Pilar que pertencia ao seu pai, José Pantônio. Viveram na Vila Pilar e depois na rua que leva seu nome.

   Firmina era uma mulher dedicada ao lar e que ajudava na Igreja além de dar assistência aos mais carentes. No Natal ia a pé aos bairros rurais mais distantes como Penhinha, Bonsucessinho, Retiro e São Domingos levar mantimentos a muitas famílias.
Rua Firmina Maiolino Ribeiro
  Nos anos 40 do século passado o casal era constantemente requisitado a ajudar nas cerimônias fúnebres. O José levava a madeira e fazia o caixão enquanto a Firmina lavava, ajeitava o defunto e fazia a mortalha com a ajuda do Sebastião Cubas dos Santos.

  No centro da cidade (Rua Major Benjamin Franco e adjacências) havia lâmpadas de carbureto em algumas esquinas que eram constantemente abastecidas de querosene pelas pessoas. O restante da cidade era constituída por plantações ou brejo e no final da Expedicionários, na região da Vila Pilar, Penhinha, Arujamérica era interessante o sistema de proteção entre as residências. Como havia poucas casas, umas quatro ou cinco, e bem distantes, os moradores tocavam seus berrantes durante a madrugada para avisar que estava tudo bem. Mas isso não impediu que o Sr. Nakayama, que morava na descida da Estrada da Penhinha, fosse assassinado por ladrões nos anos 40. Foi um dos primeiros latrocínios de Arujá. Um dos ladrões ficou escondido no mato e pela manhã pediu carona ao Amadeu Rodrigues Norte que ao ver aquela pessoa estranha não pensou duas vezes e o entregou à polícia.

   O José era muito rígido na hora das orações, levava a religião muito a sério e pedia muita atenção. Já a Firmina era mais branda. O Padre Geraldo Montibeller sempre pedia consultas ao José pois eram muito amigos.
        
   José plantava milho, mandioca e outros cereais, em sua roça. Colocava no lombo do cavalo e saia oferecendo os produtos. Participava de muitas festas folclóricas, sendo o encarregado de preparar os enfeites.
           
   José foi barbeiro por mais de 50 anos, atendia na sua casa, e fumou seu cachimbo até o final da vida quando já estava praticamente cego.
        
   A Firmina, que não sabia ler nem escrever, ia ao centro da cidade com sua bengala e os motoristas dos ônibus já conheciam aquela senhorinha que sempre costurou sem a necessidade de usar óculos.
Capela do Bairro do Limoeiro
   O José é considerado pelos filhos como um homem muito religioso e honrado e a Firmina é a heroína. Tiveram os filhos: Paulino Maiolino Ribeiro, Benedita Barbosa Ribeiro, Catarina Ribeiro de Freitas, João Maiolino Ribeiro, Alexandre Maiolino Ribeiro, Olga Aparecida Ribeiro dos Passos, Roberto Maiolino Ribeiro, Maria Aparecida Ribeiro e Juventina Aparecida Ribeiro.

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