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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Historia do relógio

     O homem começou a medir o tempo há cerca de 5.000 anos. Primeiramente foram os gnômons, obeliscos que iluminados pelo sol ou pela lua, projetavam uma sombra. Foram os egípcios que dividiram o dia em 24 horas e os babilónios inventaram o “relógio de sol”: uma haste vertical subia do centro de uma superfície circular, projetando a sombra do sol indicando a hora.

    Os egípcios inventaram a ampulheta, ou o relógio de areia. Depois surgiu também no Egito o “relógio de água”, o CLEPSIDRA, que consistia em um recipiente cheio de água com as paredes graduadas e um pequeno orifício para a água sair. Cada descida de suas graduações correspondia à passagem de uma hora.

   Os relógios mecânicos não mostravam o tempo. No início eram máquinas movidas por pesos que tocavam uma campainha com intervalos regulares.

    O primeiro relógio mecânico (que marcava o tempo) foi fabricado por Henry de Vicky em 1386 e instalado na Catedral de Salisbury, na Inglaterra. As torres e vigias das igrejas tornaram-se torres de relógio, de onde soavam as horas para os serviços religiosos. A subida dos relógios às torres dos mosteiros e das igrejas tornou-os máquinas públicas e símbolo da prosperidade das comunidades.

     Passaram os grandes relógios monumentais a serem diminuídos, chegando aos relógios de parede, posteriormente aos de mesa; em 1510 surge o primeiro relógio de bolso, inventado por Peter Henlein, de Nuremberg. A patente do relógio de bolso só foi registrada por Louis Recordon em 1780, em Londres.

     No ano de 1582, Galileu Galilei observando o movimento de escilação de um lustre na Catedral de Pisa, descobre e aplica a Lei do Pêndulo, do que se aproveitou o holandês Christian Huygens para fabricar o primeiro relógio de pêndulo. Os relógios foram transformados em obras de arte nos séculos XVII e XVIII. Os palácios e ricas residências da Europa ostentavam ricos relógios de parede, de coluna e de mesa, que além de marcar as horas serviam como objetos decorativos.

     No Museu da Relojoaria Chateau dês Monts, em Le Locle (Suíça), há um pequeno relógio de bolso de 1813 montado em um bracelete de ouro e esmalte em forma de serpente. É considerado como um dos primeiros relógios de pulseira.

    Em 1880, Girard-Perregaux criou um relógio de pulseira particularmente robusto para os oficiais da marinha alemã. Foi a primeira coleção de relógios de pulseira fabricados em série.

    No século XIX um conde polonês de nome Antoine Patek juntou-se ao relojoeiro Adrien Phillipe, criando uma marca de relógios que ficou famosa em todo o mundo: Patek-Phillipe. Considerado uma verdadeira inovação, em 1842 a fábrica do Patek-Phillipe criou o mecanismo sem chave para dar corda.

     Conta também a história que Louis Cartier, famoso relojoeiro e amigo de Alberto Santos Dumont, criou um relógio de pulso especialmente para facilitar o registro das performances do pioneiro da aviação. A amizade entre eles data de 1900. Quando da comemoração da vitória de Santos Dumont com seu dirigível nº 6, em Outubro de 1901, Alberto falou a Cartier das dificuldades em registrar seu desempenho no comando de um avião com um relógio de bolso. Foi então criado especialmente para Santos Dumont um relógio de pulso, muito mais prático que um relógio de bolso.

      Em 1923, John Hardwood, um relojoeiro inglês, registrou na Suíça a patente de um relógio automático. Em 1928, dois americanos, J.W. Horton e W.A. Morrison criaram o primeiro relógio a quartzo do mundo, reduzindo a margem de erro na medição de tempo para um segundo a cada dez anos. E as novidades não pararam, surgiu o cronômetro, o relógio a prova de água, com altímetro e profundímetro, barómetro e os modelos digitais.

        A Seiko conclui os estudos sobre os relógios de quartzo, que foi utilizado exclusivamente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. O “Astron”, da Seiko, foi o primeiro relógio de pulseira com movimento de quartzo.

        Conserve seu relógio por muito mais tempo fazendo revisões periódicas, trocando o vidro, a pulseira, polindo e folheando a caixa em ouro ou prata. 

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